A deputada estadual da Bahia Olívia Santana (PCdoB) relatou ter sido vítima de uma abordagem violenta por parte dos agentes da Polícia Militar da Bahia (PM) na última quarta-feira (1/5). Segundo Olívia, ela estava a caminho de uma atividade religiosa na Igreja de São Caetano quando foi parada pela PM na região do Complexo do Nordeste de Amaralina.
Segundo a deputada, seu carro foi parado pelos agentes, que gritavam palavras de ordem, com armas direcionadas para o veículo. No momento da abordagem, Olívia estava na companhia de seu motorista e outro rapaz. Como resposta ao pronunciamento da deputada, o coronel da PM e diretor da prefeitura bairro do Pelourinho, Humberto Sturaro, se manifestou a favor dos agentes sobre o episódio vivido pela deputada.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Olívia define a abordagem como “violenta, completamente inadequada e daquelas que o nosso povo sofre todos os dias”. “Os policiais, com as armas do lado de fora, apontadas para o meu carro, começaram a gritar: ‘Desce do carro, porra. Todo mundo com a mão na cabeça”.
Em resposta, o coronel Sturaro disse nas redes sociais que entende a definição de “abordagem violenta” usada pela parlamentar e que nada justifica as palavras de baixo calão dirigidas à mulher. No entanto, o militar considera que a”energia” usada pelos agentes na ação foi “necessária”. “Se uma guarnição em uma área de risco não usa a energia necessária, a vida dos policiais está em risco”, afirmou.
Em relação às armas apontadas, o coronel justifica que elas “fazem parte do corpo do policial militar” e que é “o seu instrumento de trabalho”. “A força da Polícia Militar está na legalidade da ação da abordagem e não no poder de fogo das suas armas”, defendeu.
Durante o manifesto, o oficial disse ainda que a violência que atinge o estado da Bahia é fomentada por um processo de desgaste de um governo, e não pelo militarismo. “A senhora, como parlamentar sabe que a guerra está instalada há muitos anos”, disse, dirigindo-se a Olívia.
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