Os Estados Unidos apreenderam o avião do presidente venezuelano Nicolás Maduro, alegando que sua compra violava sanções e envolvia outras questões criminais. O avião, que é usado por Maduro em visitas oficiais e é comparado ao Air Force One dos EUA, foi levado para a Flórida nesta segunda-feira (2), conforme duas autoridades americanas.
Essa apreensão marca um novo capítulo nas tensas relações entre EUA e Venezuela, que se agravaram com investigações de práticas consideradas corruptas pelo governo venezuelano. Uma autoridade americana afirmou que a apreensão envia “uma mensagem clara de que ninguém está acima da lei”.
O avião, avaliado em cerca de US$ 13 milhões, estava na República Dominicana nos últimos meses, o que possibilitou a apreensão pelas autoridades americanas. Várias agências federais dos EUA, como a Homeland Security Investigations (HSI) e o Departamento de Justiça, participaram da operação. A Venezuela foi notificada sobre a apreensão pelas autoridades da República Dominicana.
Agora, o governo venezuelano poderá apresentar uma defesa para tentar reaver a aeronave. Esta é mais uma ação dos EUA para interromper o fluxo de dinheiro para o regime de Maduro, que enfrenta diversas sanções econômicas.
Relações tensas e acusações de corrupção
As autoridades americanas têm pressionado a Venezuela por questões como eleições presidenciais e falta de transparência, reimpondo sanções ao setor de petróleo e gás. Em 2020, o Departamento de Justiça acusou Maduro e outros líderes venezuelanos de tráfico de drogas e corrupção, alegando que eles colaboraram com as Farc para enviar cocaína aos EUA.
Maduro também enfrenta uma recompensa de até US$ 15 milhões oferecida pelo governo dos EUA por informações que levem à sua prisão ou condenação. Em 2017, dois sobrinhos da esposa de Maduro foram presos nos EUA por tráfico de cocaína e, mais tarde, libertados em uma troca de prisioneiros.
Crise humanitária na Venezuela
A crise econômica, a escassez de alimentos e a falta de acesso à saúde têm levado milhões de venezuelanos a fugir do país. Mais de 7,7 milhões de pessoas já deixaram a Venezuela, constituindo o maior deslocamento populacional no Hemisfério Ocidental. As condições críticas contrastam com o estilo de vida dos líderes do regime, que são acusados de explorar o povo venezuelano para benefício próprio. Noticias ao Minuto
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