Foto: BMFrahm
O caso do jovem judoca Kevem Luan dos Santos, baleado durante ação da Polícia Militar em Jequié, na noite de terça-feira (9), [saiba mais] continuar a repercutir e já motivou manifestação na cidade.
Familiares da vítima, que encontra-se na UTI do Hospital Geral Prado Valadares – HGPV, fizeram uma mobilização e foram até o prédio-sede do Ministério Público, no final da tarde desta quarta-feira (10), para evidenciar ainda mais o caso e pedir providências as autoridades judiciais.
Acompanhados do advogado Miguel Bomfim, familiares e amigos realizaram o ato de protesto na presença de profissionais da imprensa, tendo a família feito protocolo no MP, para que o casos seja apurado.
Em coletiva de imprensa, o advogado Miguel alegou que os dois jovens, Kevem e o amigo, que estavam a bordo da motocicleta, que teria evadido mesmo após ordem de parada de uma guarnição da PM na Rua do Contorno não portavam arma de fogo, apesar de a instituição militar ter informado em release divulgado para veículos de imprensa que um revólver calibre 38 teria sido apreendido com a dupla.
Ainda segundo o advogado, o quadro de Kevem é estável, ele foi alvejado com um disparo, que lhe atingiu as costas, transfixou o corpo e saiu pela barriga. De acordo com Miguel, a Polícia Civil já investiga o caso e os integrantes do Projeto Judô em Ação, do qual Kovem faz parte, e que emitiu nota questionando a ação policial não estão contra a Polícia Militar, mas querem melhores esclarecimentos.
”A gente teve a oportunidade de conversar com ele, com a delegada que investiga o caso e ambos respondem que não estavam armados, que sequer tinham arma de fogo e que não houve algum tipo de reação, de atividade que pudesse mostrar que eles iriam tentar contra a vida dos policiais. O que a gente precisa, tanto do Ministério Público quanto da Polícia Civil é investigação. A gente já está atrás do prontuário médico para apresentar no processo. Hoje, mais cedo, o piloto, amigo de Kevem, também foi atingido de raspão, foi apresentado, passou pelo corpo de delito. A família, o advogado, o projeto, não estão contra a Polícia Militar”, esclareceu. Também participou do protesto o atleta jequieense Diego Santos, campeão brasileiro de Judô.
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