Ney Matogrosso relembra impacto da Aids em 1980 e episódio intenso em sua sessão de terapia
- Vandinho

- 29 de jun.
- 2 min de leitura

O cantor Ney Matogrosso, um dos maiores ícones da música brasileira, relembrou momentos marcantes de sua vida pessoal e profissional, incluindo o período da epidemia de HIV nos anos 1980, sua relação com o cantor Cazuza e uma vivência terapêutica intensa que o fez lidar com sentimentos reprimidos.
Durante uma entrevista ao programa TV Fama, em 2017, Ney falou abertamente sobre como escapou de contrair o vírus HIV, apesar de ter se relacionado com pessoas infectadas.
“Ninguém me estudou não, isso é onda e boato. Eu realmente tive contato com pessoas que tinham o vírus e eu não tive. Mas eu também não tenho explicação e não fico dando mole. Não vou agora acreditar que sou uma pessoa imune porque acho que dei sorte”, declarou.
“Cazuza foi um dos amores da minha vida”:
Ainda na entrevista, Ney comentou sobre sua forte ligação com Cazuza. Eles viveram um breve relacionamento amoroso, mas mantiveram uma profunda amizade até o fim da vida do cantor, que morreu em 1990, vítima da Aids. “O Cazuza foi um dos amores da minha vida.
Hoje, nossa relação, se ele estivesse vivo, seria de amizade, como foi até o fim da vida dele. O namoro já não existia mais, mas o amor permaneceu e permanece até hoje. A morte não apaga essas coisas de dentro da gente”, disse, emocionado.
Sessão de terapia com explosão de raiva:
Em outra ocasião, Ney compartilhou uma experiência surpreendente durante uma sessão de terapia de alto impacto baseada no método Fischer-Hoffman. O objetivo era ajudá-lo a acessar emoções reprimidas, especialmente a raiva.
“Ela [a terapeuta] me levou pro meio do mato. Na hora que eu estava deitadinho na natureza achando que ia ser acalentado, jogaram outro colchonete em cima de mim e dois homens pularam em cima. Fiquei tão furioso que arranquei um pedaço da mão do homem. E eles disseram pra mim: ‘É isso que você tem que liberar dentro de você!’. A fúria!”, contou Ney em participação no programa Sem Censura, da TV Brasil.
O cantor afirmou que o processo foi profundamente transformador. “As pessoas perguntavam pra mim do processo, eu tinha tremores. Passado o tempo eu fui entendendo. Aquilo revolveu uma lama dentro de mim que nunca tinha sido tocada. Essas questões familiares vieram todas à flor da pele”, relatou.
Com coragem e autenticidade, Ney Matogrosso segue compartilhando suas vivências com o público, mostrando que arte e vida caminham juntas, permeadas por dores, amores e libertações.








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