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“Nosso sistema de Justiça criminal é contaminado por racismo, sexismo e classismo”, diz advogada


A advogada criminalista Lorena Machado abordou, em entrevista concedida ao Metropole Serviço, o funcionamento do Direito Processual Penal no Brasil.


Em sua visão, a ausência de imparcialidade e a persistência de preconceitos, como o racismo, constituem desafios significativos no Judiciário brasileiro.


Lorena Machado disse que, por ser advogada criminalista, frequentemente é questionada sobre como consegue representar juridicamente “criminosos”. Ela ressaltou que o seu papel é defender os direitos dos indivíduos.


“E as leis hoje estão mais rígidas. Somos o terceiro país em população carcerária no mundo. Nós não prendemos pouco”, acrescentou na entrevista concedida na última terça-feira (21)


Para a advogada, o problema da Justiça Criminal brasileira é a forma como os julgamentos ocorrem, que, na visão dela, reforçam preconceitos de raça, gênero e classe.


“O nosso sistema de Justiça criminal é contaminado por racismo, sexismo e classismo. A gente tem uma Justiça que seleciona quem vai processar, julgar, condenar e prender [...] As nossas leis não são fracas na verdade. A gente não tem a imparcialidade devida no nosso sistema”, emendou.


Confira a entrevista na íntegra:




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