Foto: Divulgação PC
As chacinas de Feira de Santana e Jequié, bem como o assassinato de um cigano, em Rafael Jambeiro, em agosto e outubro do ano passado, teriam sido motivadas por vingança.
A explicação foi dada pela Delegada-Geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, no final da manhã de terça-feira (05), em entrevista coletiva na sede da corporação, em seguida às prisões de três suspeitos de praticarem os crimes.
As investigações apontam que o desentendimento entre os ciganos teve início há cerca de oito meses por causa de uma denúncia do grupo que foi alvo dos ataques. “Tudo começou em 2016, quando o mandante teria adquirido alguns bois e alguém dessa comunidade cigana teria avisado a polícia que aqueles bois não eram dos reais proprietários. Daí, foi feito uma investigação e os bois foram apreendidos e devolvidos.
O cigano ficou com esse prejuízo e respondeu a um procedimento de investigação, porque ele teria adquirido esses animais de forma fraudulenta. Agora houve o revide. O motivo teria sido essa discórdia e criado essa inimizade”, explicou. O suspeito citado seria o mandante do crime, um homem apontado como Diego Cigano.
A primeira retaliação aconteceu em agosto, quando quatro ciganos foram executados dentro de um restaurante em Feira de Santana. Após isso, no dia 4 de outubro, outro ataque tentou ocorreu na BR-116, região de Rafael Jambeiro. O Iomar Barreto Cabral morreu na hora. Se sogro conseguiu escapar com vida, mas foi morto pouco depois na chacina de Jequié, que ainda vitimou sua esposa que estava grávida e mais quatro pessoas, entre elas uma criança.
As investigações tiveram início pouco depois, com a localização do executor. “Nós tivemos uma primeira diligência cerca de dois meses atrás, tentando localizá-lo, mas não tivemos êxito. Logo em seguida, nós tivemos conhecimento que ele foi preso por outro crime e estaria no presídio.
Mas, em razão do desenvolvimento de outras diligências, nós não noticiamos naquela época para poder avançar nas investigações e decretar, serem decretadas outras prisões”, explicou o coordenador técnico do Depin, Paulo Guimarães.
Além dele, o policial militar da reserva teve uma participação chave no crime. “O Policial da Reserva já tem envolvimento em outros crimes em Alagoinhas, e nesse inquérito específico foi provado a participação dele no sentido de agenciar o pistoleiro. Então já é indício forte, por isso foi solicitada a prisão temporária dele e a juíza decretou e foi cumprida no dia a dia”.
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