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PSD ameaça romper com governo Lula e exige ministério estratégico

Foto do escritor: VandinhoVandinho

Em meio a um clima de tensão, a bancada do PSD na Câmara cogita retirar o apoio ao governo Lula. O motivo central é a recusa do PT em apoiar a candidatura de Antonio Brito (PSD-BA) à presidência da Casa. Atualmente, o PSD controla três ministérios: Minas e Energia, Agricultura e Pecuária e Pesca e Aquicultura, mas o partido deseja substituir o comando da Pesca e Aquicultura, liderado pelo deputado André de Paula (PSD-PE), por uma pasta com maior impacto regional.


Bancada do PSD quer ministério mais forte


Deputados do PSD afirmam que o partido precisa de um ministério que gere “maiores resultados” nos estados, visando fortalecer a reeleição dos parlamentares em 2026. Para eles, o Ministério da Pesca e Aquicultura tem pouca influência política, especialmente porque conta com um orçamento limitado — cerca de R$ 356 milhões, conforme a lei orçamentária de 2024 — e reduzida presença em estados e municípios.


Relação abalada entre PSD e o governo Lula


A relação entre o PSD e o governo Lula começou a se deteriorar após a decisão do PT de apoiar o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), para a presidência da Câmara. A escolha foi articulada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o que gerou insatisfação na bancada do PSD, que interpretou o movimento como uma traição.


Outro ponto de atrito é a percepção de que o governo enfrenta dificuldades para avançar em pautas econômicas e ideológicas. Muitos parlamentares do PSD avaliam que o Palácio do Planalto não está conseguindo lidar com as demandas mais urgentes do Congresso.


Votação apertada e riscos nas pautas econômicas


Os desentendimentos já se refletem nas votações importantes. A demora de Antonio Brito, líder do segundo maior bloco da Câmara (composto por MDB, PSD, Republicanos e Podemos), para assinar o pedido de urgência de projetos de contenção de despesas ilustra o clima de insatisfação.


A votação das urgências foi acirrada, evidenciando as dificuldades do governo para aprovar suas pautas econômicas. Mesmo com a orientação de Brito pelo apoio, parte significativa da bancada do PSD votou contra. Dos 44 integrantes do grupo, 20 e 27 deputados rejeitaram, respectivamente, os dois pedidos de urgência.


Parlamentares indicam que esse comportamento pode se repetir ou até se intensificar durante a votação das propostas de ajuste fiscal. Para aprovar o projeto, o governo precisará de, no mínimo, 257 votos na Câmara. No caso da PEC de redução de despesas, o quórum exigido é ainda maior, 308 votos.


Conclusão


A possível ruptura do PSD com o governo Lula é uma ameaça que pode trazer impactos profundos para a base aliada. Com o controle de ministérios estratégicos em jogo e a disputa pelo comando da Câmara, o PSD deixa claro que busca mais protagonismo e influência no governo. Caso a situação não seja resolvida, o Planalto poderá enfrentar ainda mais obstáculos para aprovar medidas cruciais para o equilíbrio fiscal. g1



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