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Startup que usa IA para clonar vozes é avaliada em US$ 1 bilhão em meio a críticas por deepfakes


A ElevenLabs, startup que usa IA (inteligência artificial) para criar e reproduzir vozes de pessoas, anunciou nesta segunda ter recebido um investimento de US$ 80 milhões, que a avaliou em US$ 1 bilhão (atingindo o patamar de unicórnio, no jargão do mercado).


A startup já foi alvo de críticas por sua ferramenta ter sido usada na criação de vídeos e áudios deepfakes.


O investimento envolveu grandes gestoras do setor, como Andreessen Horowitz e Sequoia Capital, e representa uma valorização de dez vezes da startup em relação a junho do ano passado, quando foi avaliada em US$ 100 milhões.


Fundada em 2022, a startup lançou uma versão de teste de sua ferramenta há cerca de um ano.


↳ Ela disponibiliza uma versão gratuita em que o usuário envia o texto e recebe, em segundos, uma gravação lida por uma das vozes padrão disponibilizadas na plataforma.


↳ Na modalidade paga, o assinante insere amostras de voz, que são utilizadas para narrar o texto que o usuário quiser. A plataforma também oferece opções de ajuste de entonação, emoção e ritmo de leitura.


A aposta da startup é no mercado de dublagem e em audiobooks. Sua ferramenta também é usada para criar vozes de personagens de jogos e em campanhas publicitárias.


Entre seus clientes, estão produtoras de games e empresas de mídia e entretenimento.A ferramenta da ElevenLabs também tem sido usada para criar vídeos falsos, que tentam enganar usuários ao simular a voz de celebridades.


Em um caso, usuários do fórum 4chan se organizaram para criar uma versão falsa da atriz Emma Watson lendo um discurso antissemita.


Outro foi um vídeo do TikTok que reproduz uma voz parecida com a do ex-presidente americano Barack Obama se defendendo contra uma nova teoria da conspiração sobre a morte de seu ex-chefe de cozinha.


A ElevenLabs afirma que procura identificar usuários que violam repetidamente seus termos de serviço e lançou uma ferramenta para detectar falas criadas por sua plataforma.


Ao site americano Tech Cruch, um dos fundadores diz que a startup planeja disponibilizar essa ferramenta para "players de distribuição". Folhapress



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