A chegada do verão, estação mais quente do ano, acende um alerta: os casos de afogamento de crianças aumentam. Entre os meses de dezembro e março são registradas quase metade (45%) das ocorrências do ano todo no Brasil.
Dados do Boletim Epidemiológico de Afogamentos no Brasil, divulgados pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), mostram que afogamento é a primeira causa de morte de crianças com idades entre 1 e 4 anos no país, e 50% desses casos ocorrem dentro de casa.
Ainda segundo o levantamento, a cada três dias uma criança morre afogada no país. Dentro desse cenário, segundo o levantamento, 15 brasileiros morrem por dia afogados.
O aumento da temperatura não apenas atrai mais pessoas para atividades aquáticas, mas também pode levar a um relaxamento nas medidas de segurança.
E, quando falamos desses acidentes com crianças, os perigos muitas vezes estão em casa. Piscinas, baldes, bacias, banheiras e até mesmo o tanque de lavar roupas podem ser locais propícios para o afogamento.
“Os pais olham para dentro de casa e não conseguem enxergar que um balde pode matar, que um tanque de roupa cheio d’água, uma máquina de lavar, banheira, uma privada, uma cisterna aberta, uma caixa d’água e a própria piscina colocam em risco a vida das crianças”, diz o Secretário Geral da Sobrasa, David Szpilman, que também é médico e atua em terapia intensiva e clínica médica.
E se engana quem pensa que um local ou recipiente com poucos centímetros de água não apresenta riscos. Como as crianças pequenas ainda estão em formação e não possuem total controle sobre seus movimentos, é possível que ela se desequilibre e caía com o rosto na água, não conseguindo sair da situação.
A morte por afogamento acontece por asfixia devido à aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas, como traqueia e pulmões. Essa obstrução causa a falta de oxigênio no sangue.
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