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Lockdown da pandemia acelerou o envelhecimento cerebral de adolescentes em quatro anos, afirma estudo


Foto: Institute for Learning and Brain Sciences, University of Washington/The Ne


Um estudo recente sobre o desenvolvimento do cérebro em adolescentes descobriu que o cérebro das meninas envelheceu mais rápido do que o esperado por causa do isolamento social durante a pandemia.


Esse estudo, feito pela Universidade de Washington, avaliou o afinamento do córtex cerebral, que é uma parte do cérebro que começa a afinar naturalmente quando a criança chega ao final da infância ou início da adolescência. Esse afinamento acontece porque o cérebro começa a eliminar conexões que não são mais necessárias.


Esse processo de afinamento do cérebro não é ruim. Na verdade, faz parte do amadurecimento natural do cérebro. Mas, quando a pessoa passa por situações de muito estresse, esse afinamento pode acelerar, e isso pode estar ligado a problemas como depressão e ansiedade.


As imagens do cérebro, tiradas quando os bloqueios da pandemia estavam sendo relaxados, mostraram que tanto meninos quanto meninas tiveram esse afinamento mais rápido do que o normal. No entanto, isso foi mais forte nas meninas, que tiveram um afinamento 4,2 anos à frente do esperado. Nos meninos, o afinamento foi de 1,4 anos a mais do que o esperado.


“Uma menina que tinha 11 anos e voltou para o laboratório aos 14 agora tem um cérebro que parece o de uma pessoa de 18 anos”, explicou Patricia K. Kuhl.


Já o diretor do Instituto de Desenvolvimento Humano da Universidade da Califórnia, Ronald E. Dahl, afirmou que esse desenvolvimento acelerado “não é necessariamente um problema” e pode ser apenas “um sinal de que o cérebro está amadurecendo”.



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