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Medicamento para prevenir a infecção por HIV é aprovado nos EUA; confira

  • Foto do escritor: Vandinho
    Vandinho
  • 21 de jun.
  • 2 min de leitura
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A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) autorizou, nesta semana, o uso do lenacapavir, comercialmente conhecido como ‘Yeztugo’, desenvolvido pela Gilead Sciences.


O medicamento será disponibilizado como parte de um regime de profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), destinado a evitar a contaminação pelo vírus.


Conforme reportagem publicada no jornal O Globo, o fármaco é classificado como inovador por ser administrado por injeção e requerer apenas duas doses anuais para alcançar uma eficácia de quase 100%.


O regime atualmente utilizado para a profilaxia pré-exposição (PrEP), que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil desde 2017, consiste na ingestão diária de comprimidos.


O método também diminui o risco de infecção a praticamente zero, mas a necessidade de um tratamento diário tem sido um obstáculo para a adesão.


O lenacapavir obteve a aprovação nos Estados Unidos para adultos e adolescentes que pesem pelo menos 35 kg. Daniel O’Day, CEO da Gilead Sciences, definiu a autorização como “uma data marcante na longa batalha contra o HIV” e afirmou que o fármaco “proporciona uma chance concreta de contribuir para o fim da epidemia”.


Carlos del Rio, professor de Doenças Infecciosas na Universidade Emory e co-diretor do Centro de Pesquisa sobre Aids da instituição nos Estados Unidos, declarou que o lenacapavir tem o potencial de ser uma “ferramenta eficaz” para “melhorar a adesão e a continuidade da PrEP”.


“Uma aplicação semestral poderia abordar eficazmente as principais dificuldades, como a adesão e o preconceito enfrentados por pessoas em tratamentos de PrEP com doses mais frequentes, especialmente a administração diária oral.


Além disso, pesquisas mostram que muitos indivíduos que necessitam ou desejam a PrEP optam por um regime de dosagem menos frequente,” acrescentou em comunicado.


A validação do fármaco foi comemorada por organizações envolvidas no combate ao HIV e à Aids. Winnie Byanyima, que ocupa o cargo de diretora executiva do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/AIDS (Unaids) e é subsecretária-geral da ONU, afirmou que este é “um marco significativo” resultante de anos de investimento.


A AVAC, uma organização global dedicada à prevenção do HIV, destacou que o Ienacapavir foi reconhecido como a “descoberta do ano” pela prestigiosa revista científica “Science” em 2024, assim que os primeiros resultados sobre sua eficácia foram divulgados. Mitchell Warren, o diretor executivo da AVAC, afirmou que esse medicamento realmente possui “o potencial para revolucionar o combate ao HIV”.


Embora tenha recebido a aprovação, o Ienacapavir já estava disponível no mercado sob o nome Sunlenca, sendo autorizado apenas para o tratamento de infecções por HIV multirresistentes, e não como uma opção preventiva para indivíduos não infectados.


No entanto, considerando as dificuldades enfrentadas com a profilaxia pré-exposição (PrEP) oral, os cientistas estiveram em busca de alternativas injetáveis de longa duração e decidiram realizar testes com o medicamento.


Até aquele momento, o remédio visto como mais avançado na busca por uma prevenção prolongada era o cabotegravir, fabricado pela GSK, que requer administração a cada dois meses.


Este fármaco recebeu aprovação da Anvisa em junho do ano passado, mas seu custo elevado representa um obstáculo ao acesso. Atualmente, o lenacapavir aparece como uma alternativa promissora, pois oferece uma elevada eficácia, com apenas uma aplicação a cada seis meses. g1

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