top of page

PM suspeito de matar adolescente e atirar contra jovem em Salvador se apresenta em delegacia

Foto do escritor: VandinhoVandinho

A Polícia Militar instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o caso e afastou Marlon das atividades operacionais. A corporação havia realocado o soldado para a área administrativa até o fim das investigações.


Marlon, que atua na 9ª Companhia Independente da Polícia Militar, no bairro da Boca do Rio, não estava fardado, nem usava o carro da corporação no momento que atirou nas vítimas.


O argumento de legítima defesa foi apresentado também pela namorada do policial, que não teve o nome divulgado, e estava no local. A mulher é uma das oito testemunhas que já foram ouvidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.


Procurado, o advogado Otto Lopes, responsável pela defesa do casal, disse que não vai se manifestar até que as investigações sejam concluídas.

‘Meu filho foi executado’


A família de Gabriel pede a quebra de sigilo do celular do suspeito. O corpo dele foi sepultado na tarde de segunda-feira (2) sob forte comoção e pedidos de justiça.


Marlene Santos, mãe de Gabriel, disse que foi avisada sobre a morte do filho quando recebeu uma ligação por volta das 3h30 de domingo. Naquele momento, ela disse que ainda não sabia que o adolescente tinha sido assassinado, nem que o homicídio havia sido gravado por uma testemunha.


A mãe do adolescente prestou depoimento na terça-feira (3), na sede do DHPP, e aproveitou a ocasião para cobrar soluções.


“Com aquela imagem [do crime], ninguém tem mais dúvida. Ele [suspeito] tem que falar o que ele fez e porque ele fez. Meu filho foi executado. Foi muita maldade, eu nunca imaginei que isso fosse acontecer comigo. Eu tinha pena das mães [que perdem os filhos] e agora estou no meio delas”.


O pai dele, que preferiu não se identificar por medo, disse que o filho não era envolvido com a criminalidade. Ele contou que, dias antes de morrer, o adolescente foi apreendido por ter xingado um policial militar e foi acusado de desacato. No entanto, foi liberado logo em seguida.


“Podia ser o pior vagabundo rendido ali, ele não podia matar um ser humano. Era um menino bom. Não puxava bonde nenhum, graças a Deus. O policial o xingou, ele também xingou o policial e foi preso. Aí eu fui lá, liberou ele lá na Dercca, mas não teve nada demais”, relatou em entrevista à TV Bahia.


Na quinta-feira (5), a mãe de Haziel, Kelly Martins, cobrou a prisão do soldado, e disse que o jovem estava internado em estado grave. “Eu quero justiça, estou clamando por justiça. Cadê o governador do estado? Cadê o [secretário de] Segurança Pública? Estou clamando por isso, quero esse homem preso”.

 

Como o caso é investigado?


Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) confirmou que a PM instaurou um processo administrativo disciplinar, enquanto a Polícia Civil abriu inquérito para esclarecer a motivação e a dinâmica do crime. A PC tem 30 dias para concluir esse inquérito, que deverá ser analisado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). O órgão acompanha o caso.


A delegada responsável pelas investigações, Zaira Pimentel, pediu a prisão preventiva do suspeito ainda na noite de segunda (2), mas a Justiça não analisou a solicitação no plantão judiciário por entender que não havia urgência.


Com isso, o PM foi liberado, pois já havia passado o prazo para decretação de flagrante. Quando a Justiça apreciou o pedido e determinou a prisão, na sexta (6), o suspeito não foi encontrado.


A Polícia Militar da Bahia informou que o agente foi afastado das ruas e teve a arma recolhida. Oficialmente, o agente foi realocado para a área administrativa até o fim das investigações da Polícia Civil, que está em posse do revólver.

Informações são do  g1 Bahia.





9 visualizações0 comentário

Comments


© 2023 BLOG VANDINHO MARACÁS  •  TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

DESENVOLVIDO POR:

bottom of page